segunda-feira, 4 de julho de 2016

Tecnologia Sustentável: o que é?


Tecnologia sustentável é a agregação e aplicação de todas as Ciências, visando prioritariamente à continuidade da existência de todo ser vivente na Terra. Tem como desafio redirecionar as concepções atualmente existentes em novas formas de pensar e agir, com responsabilidade ao meio em que vivemos e as consequências das ações tomadas e não tomadas no seu devido tempo, adaptando as tecnologias existentes e as futuras para que sempre possa de alguma forma co-existir o crescimento populacional e o nosso ecossistema. a tecnologia sustentável é uma das varias formas de utilizar tecnologias sem poluir o meio ambiente.
Algumas indústrias, principalmente as voltadas para a exportação, estão trabalhando em cima do conceito de que todo produto industrial deve ser pensado, desde o início, de maneira sustentável, para evitar desperdícios no final do processo. A ideia é que o resíduo industrial gerado na fabricação de um produto possa ser reaproveitado na fabricação de outros novos. Além de aperfeiçoar o processo industrial, a iniciativa reduz a contaminação ambiental.

Tinta de isopor
Os resíduos causados pelo acúmulo de lixo podem causar diversos prejuízos à natureza. Para tentar amenizar esse quadro, duas alunas de engenharia química no Rio Grande do Sul buscaram uma solução inovadora: transformar em um novo produto algum material amplamente utilizado e descartado, mas pouco reciclável. O escolhido foi o poliestireno expandido (EPS), conhecido pela marca Isopor. Segundo as estudantes, o Isopor traz muitas consequências negativas ao meio ambiente quando descartado incorretamente. A ideia inovadora foi transformá-lo, então, em tinta! Com a tinta desenvolvida, um volume muito grande de Isopor se converte em um filme fino de tinta. As alunas tiveram a iniciativa de trocar também os solventes comuns na indústria por um solvente natural extraído da casca de frutas cítricas, que é biodegradável e não agride nem o meio ambiente, nem a saúde humana. O que achou da ideia?
Autodestruição eletrônica
A tecnologia faz com que os aparelhos eletrônicos sejam substituídos por outros mais modernos com muita rapidez. Muitas pessoas, na hora de se livrarem desses aparelhos 'antigos’ não sabem o que fazer com estes materiais, descartando-os, na maioria das vezes, em locais impróprios. Pensando nisso, alunos e professores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, criaram um mecanismo de autodestruição, que faz com que os aparelhos desapareçam quase instantaneamente - o "botão" de autodestruição pode ser acionado por calor ou por controle remoto.
Rede para vazamentos de óleo
Para consertar vazamentos de petróleo no mar é necessário usar ‘esponjas’ para sugar de volta de óleo, o problema é que, em seguida, essas esponjas precisam ser descartadas, o que de certa forma apenas desloca o problema e continua prejudicando o meio ambiente. Na busca por uma solução melhor, dois alunos da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, fizeram um protótipo de peneira que deixa passar a água e retém o oléo, fazendo com que a água volte limpa para o leito e o óleo puro para o tanque. A peneira é formada por uma malha de fios de aço inoxidável recobertos por um material que repele o óleo.
Fazendas solares flutuantes
Fazendas solares flutuantes na cidade de Kato, Japão
Fazendas solares flutuantes na cidade de Kato, Japão
Foto: Kyocera / Divulgação
Engenheiros norte-americanos desenvolveram uma tecnologia de baixo custo que pode ser utilizada para evitar a evaporação da água de represas e ainda gerar energia. Mas a empresa japonesa Kyocera foi além e apresentou duas fazendas solares flutuantes, construídas na cidade de Kato, Japão. A primeira gera 1,7 MWh (megawatts/hora), e a segunda gera 1,2 MWh - isto é suficiente para abastecer cerca de 1.000 casas. Segundo a empresa, além de evitar a perda de água das lagoas pela evaporação, painéis solares instalados sobre a água produzem mais energia por causa do efeito de resfriamento induzido pela água - as células solares operam de forma mais eficiente a temperaturas mais baixas.
Biobateria
Na Alemanha, usinas de biogás são usadas para substituir definitivamente as usinas nucleares. Porém, cada biousina processa uma gama limitada de substâncias orgânicas e, no conjunto, elas acabam concorrendo com o cultivo de alimentos. Pensando nisso, pesquisadores alemãs criaram um novo conceito: a biobateria, que une diversas tecnologias para produzir eletricidade, calor, gás, petróleo, carvão vegetal e matérias-primas. De acordo com os inventores, o conceito conta com um processo chamado termorreforma catalítica, que converte em energia materiais orgânicos, como resíduos de fermentação de unidades de biogás e produção de bioetanol, resíduos de biomassa industrial, lodo de esgoto, palha, resíduos de madeira e excrementos, animais e humanos. O produto final inclui petróleo, gás e coques de biomassa e diversos outros compostos. A grande vantagem é da biobateria é que ela usa materiais que seriam descartados.
Captura de carbono
Atualmente, a única maneira de não prejudicar o meio ambiente com gás carbônico é evitando que ele seja liberado. Pesquisadores internacionais pensaram, então, em desenvolver uma tecnologia que capture o carbono – principalmente o que sai das grandes usinas termoelétricas e das fábricas – de forma sustentável. A técnica emprega um solvente barato e ambientalmente benigno, o carbonato de sódio, que tem uma vida útil virtualmente ilimitada e que, quando é inserido em microcápsulas, aumenta em dez vezes a taxa de captura de carbono. O material é formado através de microcápsulas, feitas de silicone fotocurável, que são preenchidas com uma solução de bicarbonato de sódio combinado com um catalisador, para otimizar a captura do CO2. O dióxido de carbono é posteriormente liberado aquecendo o material, que pode então ser reutilizado.
Abastecimento inteligente de água
Para desenvolver uma tecnologia que contribua para a economia de água, pesquisadores brasileiros criaram um sistema que permite a redução do tempo de calibração em um setor de fornecimento de água real (em Araraquara, interior de São Paulo), de 12 horas para 26 minutos. Eles explicam que isso é possível porque o método híbrido aproxima os valores das pressões e vazões simuladas com as reais, fazendo uma calibração mais eficiente do que a atual. A comparação das pressões previstas pelo modelo com os dados do monitoramento da rede permitem localizar e resolver vazamentos, reduzindo o desperdício de água. O método de calibração utiliza técnicas de redes neurais artificiais, que imitam simplificadamente o modo como o cérebro realiza o aprendizado, combinadas com algoritmos genéticos.
Luz invisível para as plantas
Hoje em dia é comum que as plantas recebam iluminação artificial à base de LEDs, mas o grande problema é que essa prática está prejudicando a vida das plantas e destruindo o ecossistema original. Pensando em uma maneira de resolver essa situação, Tomohiko Nakajima, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada, do Japão, criou um novo LED branco que emite luz quente (amarelada) a partir de uma superfície de fósforo dopada com o elemento de terras raras disprósio. De acordo com ele, esse LED interfere menos na fotossíntese porque possui uma menor emissão de radiação na faixa do infravermelho próximo – ele emite um espectro de luz invisível para as plantas.
fonte: https://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/dia-mundial-do-meio-ambiente-veja-inovacoes-tecnologicas-sustentaveis,65d2071f91f77f35a59ecdd8e4b4c89es5uwRCRD.html